domingo, 13 de setembro de 2009

DITA VON TEESE, PIN-UP DOS TEMPOS MODERNOS

Quando se fala de filmes antigos, quem é que não se recorda de ver fotografias dessas moças nas garagens onde os mecânicos trabalhavam, ou pintadas nos aviões dos soldados da II Guerra Mundial?
As pin-ups remontam já ao fim do século XIX, onde as dançarinas do teatro de revista, se tornavam estrelas, pois eram fotografadas para revistas, anúncios, calendários e maços de cigarros.
Alphonso Mucha e Jules Cheret foram os criadores dos primeiros posters de mulheres em poses sensuais, onde os detalhes e as curvas eram o mais importante. Foi do ato de pendurar estes posters, que surgiu o nome pin-up (em inglês, pin up).
Na década de 40, as pin-ups girls atingiram o auge do sucesso, pois nesta época mostrar as pernas era um pecado, então ser fotografada nua, era um crime.
Os lápis e tinta deram forma a estas mulheres, que eram apelidadas de “armas secretas” pelos soldados americanos, pois serviam de alívio a quem arriscava a vida na guerra.
Betty Grable foi uma das primeiras e mais adorada pelos soldados.
O conceito das pin-up era bastante claro: eram sensuais e ao mesmo tempo inocentes.
A verdadeira pin-up jamais poderia ser vulgar ou oferecida, apenas convidativa.
Vestiam peças de roupa ou lingerie que deixavam sutilmente à mostra pernas curvilíneas, cinturas definidas e peitos grandes.
As pin-ups deixaram de ser ilustrações de papel e ganharam vida ao serem encarnadas por atrizes como Betty Grable e Marilyn Monroe, ou fotografadas por modelos voluptuosas como Bettie Page, também chamada de “rainha das curvas”.
A partir dos anos 70, a indústria do sexo passou a desmanchar a aura misteriosa destas mulheres, graças a filmes pornográficos e revistas de nu feminino.
Mas lentamente, a moda pin-up voltou! O numero de fãs têm vindo aumentar, são lançadas linhas de roupa e lingerie inspirado neste tipo de estilo, e várias mulheres são reconhecidas como pin-ups: Katty Perry, Pixie Acia, Kat Von D, Dita Von Teese, entre outras.


DITA VON TEESE

Na festa de encerramento do festival de cinema de Cannes deste ano, a plateia formada por um número incontável de famosos estava ansiosa pela performance da dançarina Dita Von Teese, 37 anos. A stripper, que alcançou o estrelato por resgatar o requinte das divas dos anos 40, roubou a cena e deixou a todos embasbacados com o seu show. Sensual, e nunca vulgar, Dita, diz adorar trabalhar na França. Para seus convidados, fez o número do chuveirinho em uma estilosa banheira. Americana de Michigan e uma das responsáveis pela volta do espetáculo burlesco, arte ancestral do strip-tease, ela costuma dizer que os Estados Unidos não entendem o seu trabalho como uma forma de entretenimento clássico.
Não à toa, Dita Von Teese foi convidada para temporadas, todas com ingressos esgotados, no cabaré parisiense Crazy Horse. Antes, ela animou festinhas de personalidades, não menos renomadas, como Christian Louboutin, Louis Vuitton e Elie Saab.
Fã de Dita Parlo, atriz alemã também reverenciada por Madonna na introdução da canção Erótica, Heather Renée Sweet, seu nome real, começou a tirar a roupa profissionalmente aos 19 anos de idade. Se aos 13, ela trabalhou em uma loja de lingerie, hoje a modelo tem uma linha da Wonderbra que leva o seu nome.
Admiradora de filmes antigos e shows de cabaré, a moça ganhou fama nos cassinos de Las Vegas para depois conquistar as celebridades e virar ícone de luxo e moda. Seu número mais famoso, no qual ela dança dentro de uma taça gigante de Martini,foi copiado por
Cameron Diaz em cena do longa-metragem Panteras Detonando, o que lhe rendeu agradecimentos nos créditos finais do filme. A musa Beyoncé também não resistiu e bebeu da mesma fonte para o seu vídeo Naughty Girl.
Cliente declarada de Marc Jacobs, foi homenageada por ele ao estampar camisetas do estilista, todas com renda revertida para caridade. Sucesso entre os fashionistas, Dita lançou o livro Burlesque/Fetish and the Art of the Teese, com descrições de espetáculos, dicas de como usar corpetes e fotos de pin-ups como Sally Rand (1904-1979) e Gypsy Rose Lee (1911-1970). Longe do padrão magricela, a curvilínea Dita abusa do look dos anos 40. ''Adoro o glamour da velha Hollywood e dou preferência a roupas femininas e elegantes'', disse a colecionadora de peças vintage durante o lançamento do seu livro em Londres.
Apesar de ter sido capa da PLAYBOY de diversos países, Dita foi superexposta ao se casar em 2005 com o soturno
Marilyn Manson. A união com o estranho roqueiro foi uma prato cheio para os tablóides, jornais e revistas de comportamento. O namoro de quase seis anos avançou para o casamento e culminou em um divórcio mal resolvido 14 meses depois. Hoje, solteira, ela ganha flores e tem jantares pagos por admiradores secretos que cruzam o seu caminho. Um luxo só.

Nenhum comentário:

Postar um comentário